Institucional

Casa de Retiros São José

1 de janeiro de 2019

Casa de Retiros São José

SERVIÇO

Projeto Arquitetônico

LOCALIZAÇÃO

Belo Horizonte/MG

ANO

2018

Posicionada em um ângulo de 45 graus com relação ao restante da construção, a nova capela é uma cobertura de duas águas que parece apenas tocar a superfície do terraço, como se estivesse alçando vôo.

Construída nos anos 1950, a Casa de Retiros São José é um grande complexo de propriedade da ordem dos Redentoristas dedicado a sediar convenções com espaço para hospedagem dos participantes. Os proprietários delegaram ao escritório a missão de modernizar sua estrutura, com particular atenção às áreas do refeitório, cozinha e salas de reunião. A capela principal precisava não apenas ser preservada, mas também deveria contar com medidas que a integrassem melhor ao restante do conjunto, especialmente as áreas externas.
O refeitório precisava ter sua capacidade aumentada para 200 pessoas. Mais do que isso, o ambiente clamava por uma estética mais sofisticada, distante da conotação negativa do termo, aproximando-se da atmosfera de um restaurante. O projeto propõe um mobiliário inteiramente novo, além da substituição dos revestimentos dos pisos, paredes e forros. Na cozinha, a proposta preserva parte dos equipamentos originais mas define uma completa reestruturação do layout, adequando-a ao aumento de capacidade.
A varanda coberta que ligava o refeitório à capela principal foi preservada, mas uma grande cobertura com estrutura metálica e pergolado em madeira é incorporada ao espaço, aumentando significativamente a área protegida e criando uma ligação mais efetiva entre as instalações da Casa de Retiros. A nova cobertura tem dimensões suficientemente grandes para comportar mesas e cadeiras, servindo como local para coffee-break. Por estar em uma porção do edifício que passou por sucessivas ampliações pouco criteriosas, o elemento serve também para devolver uma unidade ao conjunto. No segundo pavimento, diversos quartos para hóspedes dão lugar a quatro salas de reunião com capacidade para 50 pessoas cada, exigência do programa proposto pelos proprietários. O grande terraço descoberto que percorre o segundo pavimento e estava sem função definida foi incorporado ao corredor de circulação entre os ambientes, separado apenas por portas de vidro. O espaço, com vista para os 45 mil metros quadrados de mata preservada no entorno da casa de retiros, ganha vida com a nova proposta. Dele se vê também o topo do pergolado, quase como que uma extensão do plano horizontal do terraço.
Numa das extremidades deste espaço descoberto do segundo andar ficava uma pequena capela privativa que, ao contrário da principal, não se tratava de uma estrutura original do complexo e não possuía nenhum apuro estético ou estilo arquitetônico. O projeto prevê sua demolição, e em seu lugar aparece a mudança de maior impacto visual de toda a intervenção.
Fechada por panos de vidro que permitem a visão da mata preservada, a estrutura é leve. A cobertura tem seus planos ligeiramente chanfrados, evitando a obviedade da forma e dando maior amplidão à parte posterior da capela. Por sua localização, a capela é vista de todo o complexo. Juntamente com o pergolado, com o qual compartilha diversos materiais, ela define uma nova silhueta e converte-se em símbolo da casa.

Casa de Retiros

São José

SERVIÇO

Projeto Arquitetônico

LOCALIZAÇÃO

Belo Horizonte/MG

ANO

2018

Construída nos anos 1950, a Casa de Retiros São José é um grande complexo de propriedade da ordem dos Redentoristas dedicado a sediar convenções com espaço para hospedagem dos participantes. Os proprietários delegaram ao escritório a missão de modernizar sua estrutura, com particular atenção às áreas do refeitório, cozinha e salas de reunião. A capela principal precisava não apenas ser preservada, mas também deveria contar com medidas que a integrassem melhor ao restante do conjunto, especialmente as áreas externas.
O refeitório precisava ter sua capacidade aumentada para 200 pessoas. Mais do que isso, o ambiente clamava por uma estética mais sofisticada, distante da conotação negativa do termo, aproximando-se da atmosfera de um restaurante. O projeto propõe um mobiliário inteiramente novo, além da substituição dos revestimentos dos pisos, paredes e forros. Na cozinha, a proposta preserva parte dos equipamentos originais mas define uma completa reestruturação do layout, adequando-a ao aumento de capacidade.
A varanda coberta que ligava o refeitório à capela principal foi preservada, mas uma grande cobertura com estrutura metálica e pergolado em madeira é incorporada ao espaço, aumentando significativamente a área protegida e criando uma ligação mais efetiva entre as instalações da Casa de Retiros. A nova cobertura tem dimensões suficientemente grandes para comportar mesas e cadeiras, servindo como local para coffee-break. Por estar em uma porção do edifício que passou por sucessivas ampliações pouco criteriosas, o elemento serve também para devolver uma unidade ao conjunto. No segundo pavimento, diversos quartos para hóspedes dão lugar a quatro salas de reunião com capacidade para 50 pessoas cada, exigência do programa proposto pelos proprietários. O grande terraço descoberto que percorre o segundo pavimento e estava sem função definida foi incorporado ao corredor de circulação entre os ambientes, separado apenas por portas de vidro. O espaço, com vista para os 45 mil metros quadrados de mata preservada no entorno da casa de retiros, ganha vida com a nova proposta. Dele se vê também o topo do pergolado, quase como que uma extensão do plano horizontal do terraço.
Numa das extremidades deste espaço descoberto do segundo andar ficava uma pequena capela privativa que, ao contrário da principal, não se tratava de uma estrutura original do complexo e não possuía nenhum apuro estético ou estilo arquitetônico. O projeto prevê sua demolição, e em seu lugar aparece a mudança de maior impacto visual de toda a intervenção.
Posicionada em um ângulo de 45 graus com relação ao restante da construção, a nova capela é uma cobertura de duas águas que parece apenas tocar a superfície do terraço, como se estivesse alçando vôo.
Fechada por panos de vidro que permitem a visão da mata preservada, a estrutura é leve. A cobertura tem seus planos ligeiramente chanfrados, evitando a obviedade da forma e dando maior amplidão à parte posterior da capela. Por sua localização, a capela é vista de todo o complexo. Juntamente com o pergolado, com o qual compartilha diversos materiais, ela define uma nova silhueta e converte-se em símbolo da casa.