No interior são tomadas mais liberdades como essas. Em vez de forroshorizontais no ponto mais alto das paredes, aqui eles acompanham a inclinação dostelhados, algo pouco comum nas casas antigas. Com isso, os pés-direitos ficammais generosos, os espaços ficam mais claros, amplos e arejados e – mais uma vez– ligeiramente diferentes de uma casa de fato colonial. O revestimento dos pisossegue a mesma filosofia: no lugar de ladrilhos hidráulicos, cerâmica ou madeira, omaterial escolhido foi o porcelanato. O acabamento fosco e o tom terroso das peças(foram usadas as mesmas em todos os ambientes) garantem que elas não sedistanciem demais de um ambiente mais tradicional.
O projeto dessa residência, loja e ateliê em Tiradentes conta com elementospróprios da arquitetura colonial, como telhado colonial em quatro águas, beirais,janelas com vergas retas, esquadrias em madeira com pintura em tom de azul típicoe paredes brancas com barrados de pedra. Desse modo, a edificação respeita oconjunto da cidade e se integra perfeitamente a sua paisagem urbana. Dito isso, hádeterminados detalhes e soluções arquitetônicas que são capazes de tornar oprojeto marcadamente novo e confortável sem comprometer essa harmonia entre oAteliê e seu entorno. Os beirais, por exemplo, são reduzidos apenas aos elementosfundamentais de sua estrutura, sem adição de forros, cimalhas ou quaisquer outrosacabamentos decorativos próprios dos prédios do centro histórico. A abertura dafachada principal vai pelo mesmo caminho: um misto de porta francesa, janelacolonial e veneziana em madeira – tudo reunido em um único vão de grandesdimensões – o conjunto respeita em linhas gerais o aspecto e os materiaisempregados em uma fachada colonial, mas aos olhos mais atentos fica evidente quese trata de algo novo.
A casa fica implantada em um terreno de declividade bastante pronunciada eo projeto se aproveita dessa característica: no nível da rua a edificação tem apenasum pavimento e proporções modestas, mas, à medida em que avança em direçãoao fundo do lote, ela ganha um segundo pavimento abaixo deste primeiro. A lojaocupa a porção frontal do térreo, aproveitando-se de sua visibilidade e fácil acesso apartir da rua (o espaço é ladeado por duas vagas de garagem, sendo uma para osproprietários e outra para clientes). Dela sai o primeiro lance de escadas, que dáacesso ao ateliê, num pavimento intermediário. A partir dele há duas escadas: umasobe em direção à área íntima (na parte posterior do lote mas na mesma altura daloja), enquanto a outra desce para a área social. Esta última comunica-sediretamente com o quintal de fundos através de portas francesas que garantem luz eampla vista para a Serra de São José. A área externa recebe pavimentação comlajes de pedra de acabamento rústico, bem semelhante ao que se vê nas ruas deTiradentes.
Ateliê Tiradentes
SERVIÇO
Arquitetura
LOCALIZAÇÃO
Tiradentes/MG
ANO
2020
O projeto dessa residência, loja e ateliê em Tiradentes conta com elementospróprios da arquitetura colonial, como telhado colonial em quatro águas, beirais,janelas com vergas retas, esquadrias em madeira com pintura em tom de azul típicoe paredes brancas com barrados de pedra. Desse modo, a edificação respeita oconjunto da cidade e se integra perfeitamente a sua paisagem urbana.
Há determinados detalhes e soluções arquitetônicas que são capazes de tornar o projeto marcadamente novo e confortável sem comprometer essa harmonia entre o Ateliê e seu entorno. Os beirais, por exemplo, são reduzidos apenas aos elementosfundamentais de sua estrutura, sem adição de forros, cimalhas ou quaisquer outrosacabamentos decorativos próprios dos prédios do centro histórico. A abertura da fachada principal vai pelo mesmo caminho: um misto de porta francesa, janela colonial e veneziana em madeira – tudo reunido em um único vão de grandes dimensões – o conjunto respeita em linhas gerais o aspecto e os materiais empregados em uma fachada colonial, mas aos olhos mais atentos fica evidente que se trata de algo novo.
A casa fica implantada em um terreno de declividade bastante pronunciada eo projeto se aproveita dessa característica: no nível da rua a edificação tem apenasum pavimento e proporções modestas, mas, à medida em que avança em direçãoao fundo do lote, ela ganha um segundo pavimento abaixo deste primeiro.
A lojaocupa a porção frontal do térreo, aproveitando-se de sua visibilidade e fácil acesso apartir da rua (o espaço é ladeado por duas vagas de garagem, sendo uma para osproprietários e outra para clientes). Dela sai o primeiro lance de escadas, que dáacesso ao ateliê, num pavimento intermediário. A partir dele há duas escadas: umasobe em direção à área íntima (na parte posterior do lote mas na mesma altura daloja), enquanto a outra desce para a área social.
Esta última comunica-sediretamente com o quintal de fundos através de portas francesas que garantem luz eampla vista para a Serra de São José. A área externa recebe pavimentação comlajes de pedra de acabamento rústico, bem semelhante ao que se vê nas ruas deTiradentes.
No interior são tomadas mais liberdades como essas. Em vez de forroshorizontais no ponto mais alto das paredes, aqui eles acompanham a inclinação dostelhados, algo pouco comum nas casas antigas. Com isso, os pés-direitos ficammais generosos, os espaços ficam mais claros, amplos e arejados e – mais uma vez– ligeiramente diferentes de uma casa de fato colonial. O revestimento dos pisossegue a mesma filosofia: no lugar de ladrilhos hidráulicos, cerâmica ou madeira, omaterial escolhido foi o porcelanato. O acabamento fosco e o tom terroso das peças(foram usadas as mesmas em todos os ambientes) garantem que elas não sedistanciem demais de um ambiente mais tradicional.